Violência sexual contra crianças e adolescentes
Recomendações para prevenir a violência sexual contra crianças e adolescentes:
Os pais ou responsáveis devem se manter alertas. A maioria das ocorrências indica que os autores de crimes sexuais possuem laços estreitos com a vítima e usam estratégias para seduzi-la;
Superar o preconceito, a falta de informações, o temor e o silêncio a respeito do assunto para conversar abertamente com filho(a)s ou aluno(a)s. As crianças precisam ser educadas para saber distinguir as situações de assédio, estarem preparadas para lidar com a tentativa de abuso familiar, tendo alguém de confiança para contar as atitudes que a agridem;
A violência sexual provoca conseqüências físicas, psicológicas ou de comportamento, prejudicando o desenvolvimento da vítima. O indivíduo que comete violência sexual pede que a criança guarde segredo e é comum que esta se sinta culpada ou “merecedora” da violência. Assim, quanto maior o tempo que se mantém o silêncio, maior o dano para as vítimas, perpetrando a impunidade;
Deve ser oferecido um atendimento adequado às vítimas de violência sexual, que começa com o trabalho do conselho tutelar, averiguando a denúncia e acompanhando o processo de realização do boletim de ocorrência e exame de corpo de delito. Mas, também envolve o encaminhamento da vítima e sua família para programas sociais, onde recebem acompanhamento social e psicológico;
As instituições, as famílias de crianças e adolescentes precisam ter acesso a informações sobre essa problemática. O perfil dos autores de violência sexual, os pontos vulneráveis à exploração sexual, principalmente, nas rodovias federais, cujo mapeamento realizado pela Polícia Rodoviária Federal identificou mais de 1.800 pontos (ver http://www.oitbrasil.org.br );
Seja na TV, na Internet ou na imprensa, a imagem do corpo, inteiro ou fragmentado em partes, é apresentada de forma erotizada, como atrativo aos mais diferentes tipos de produtos. É necessária a criação de mecanismos para identificar, coibir e combater a erotização da infância, seja por meio das instituições de regulação da publicidade ou pela ação pedagógica das escolas e das famílias;
Promover campanhas educativas, manifestações, panfletagens e debates para fortalecer a mobilização para o enfrentamento da problemática da exploração sexual, bem como a sensibilização dos poderes públicos para a ampliação de programas sociais junto às comunidades mais vulneráveis à situação de risco social.
Fonte: Senasp